No dia 14, deste mês, aconteceu uma audiência pública na sede da Assembleia Legislativa para debater a qualidade de ensino e os direitos dos trabalhadores da educação no Amazonas. Os professores que lá estiveram presentes, bem como os representantes dos Conselhos Estadual e Municipal de Educação, debateram com os deputados José Ricardo (PT), Marcelo Ramos (PSB) e Luiz Castro (PPS), vários pontos que não são de interesse apenas da categoria dos profissionais da educação, mas de toda a sociedade.
Por que eu digo que essa discussão é de interesse de toda a sociedade? Porque os assuntos que estão sendo debatidos têm reflexo na qualidade das aulas que estão sendo ministradas aos nossos estudantes e, consequentemente, na qualidade da formação dos nossos estudantes.
É importante sabermos, por exemplo, se o governo do Estado está realmente pagando o valor do piso salarial na forma que ele foi instituído por lei. Na audiência então realizada, os professores que lá estavam presentes afirmaram que isso não está acontecendo.
Da mesma forma, é importante sabermos se os professores estão tendo o tempo necessário para o planejamento e a avaliação dos seus trabalhos didáticos. A Lei do Piso Salarial da Educação determina que, da jornada de trabalho, 33% deve ser destinada para o professor planejar suas aulas, se atualizar nos conhecimentos, corrigir adequadamente e em tempo hábil as avaliações, fazer os preenchimentos de notas nos diários de classes, fazer atendimento de pais e alunos, etc. Segundo os professores, nem o Estado e nem o Município estão cumprindo esse item da lei, o que faz com que os professores levem trabalho para casa, sem descansar como deveriam e sem da a atenção que seus familiares merecem.
Por tudo isso, acompanharei de perto a próxima audiência que já está marcada para acontecer na Assembleia Legislativa e convido a todos, principalmente àqueles que têm filhos estudando em escolas públicas, que também façam o mesmo.
(Publicado terça-feira, 27 de março /2012, no Jornal Dez Minutos - por Francisco Praciano)
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