A violência e a Francesa

Fui criado e vivo no Bairro da Francesa em Parintins. E posso dizer com muita clareza que e um ambiente extremamente diverso e intrigante.
A morte de um comerciante das famosas baiúcas da Francesa por um indígena, envolvendo uma mulher altas horas da noite ou madrugada, revela a face sombria que quem mora na região tem que conviver.
A violência esta presente dia e noite nos arredores das baiúcas. Há venda indiscriminada de bebidas alcoólicas. Se vc já provou da "mangaratiba", bebida legitimamente francesense que mistura mangarataia e álcool, deve conhecer o nível de consumo alcoólico lá.
Na Francesa tem ainda, prostitutas, drogas, roubos. O transito fica difícil com tantas mesas na rua e bancas de comida. o som das baiúcas incomoda também. Quem passa, sente o odor de urina por que quem bebe ali faz a necessidade na escadaria atras dos bares.
Não poderia deixar de citar a poluição da lagoa da francesa. Anos de assoreamento vem deixando cada ano mais expostos os resíduos sólidos de. Um dos ambientes mais belos de Paritntins...
E tem beleza???
E um ambiente ecológico que muda drasticamente com a dinâmica das águas, revelando dois cenários muito diferentes. Na vazante o leito verde, na cheia o transporte fluvial, um dos elementos culturais que representa muito bem a economia local sendo o principal meio de escoamento da produção rural. Alias a economia e o forte da francesa que pode ser considerado o segundo centro comercial de Parintins pela movimentação de dinheiro que tem no mercado municipal Mundico Barbosa, Na freira do bagaço, Nas baiúcas, nos grandes comércios como a Casa Góes, o Lojao Popular, Ferragens Baranda Ferragens Natal, o histórico prédio do sr. Ivanildo.
Entrada e saída do caboco do interior e Porto seguro na cheia, a Francesa tens eus encantos. A dinâmica do crescimento populacional fez com que o Prefeito Raimundo Reis, em 1980, aterrasse a área e construísse a escadaria, uma revolução, difícil principalmente para quem tomava banho e lavava roupa no local.
O povo daqui precisa se organizar para cobrar mais segurança e qualidade de vida. A violência ainda persiste, mas nossa esperança e um dia ver a Francesa pacificada. A família do senhor que foi assassinado fica só as boas lembranças.
Com tudo isso ainda e um lugar maravilhoso de se viver.
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Leia: Uma lagoa sob ameaça de Solenise Kimura em : http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/agosto2011/ju501_pag11.php